quinta-feira, outubro 26, 2006

Estado

Relação das minhas presença e ausência nos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro

Angra dos Reis, Aperibe: nunca.

Araruama: uma vez. Acampamento do Cisv.

Areal: nunca.

Armação dos Búzios: uma vez. Acampamento do Cisv.

Arraial do Cabo, Barra do Piraí, Barra Mansa, Belford Roxo, Bom Jardim, Bom Jesus de Itabapoana: nunca.

Cabo Frio: duas vezes. Uma, viagem com meu pai, oito anos. A segunda, feriado na casa de um amigo.

Cachoeiras de Macacu, Cambuci: nunca.

Campos dos Goytacazes: duas vezes. A primeira, outra viagem com meu pai, escala pra Bahia. Rio Paraíba do Sul e a casa onde morou minha avó. A segunda, uma parada para o almoço. Primeiro dia de viagem para a Chapada Diamantina.

Cantagalo: uma vez. Hotel-fazenda.

Carapebus, Cardoso Moreira, Carmo, Casimiro de Abreu, Comendador Levy Gasparian, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duas Barras: nunca.

Duque de Caxias: uma vez. Acampamento do Cisv. O segundo, e provavelmente o melhor. Embora não me lembre mais por que foi tão bom. Participei de algumas atividades pela primeira vez, sei disso. Como a refeição solidária. Todos em duplas, um é cego, o outro não tem braço, o cego tem que guiar as garfadas do aleijado até conseguir acertar sua boca, depois inverte. E outros. Me lembro que tinha um moleque endiabrado no quarto, era um quarto pra nove pessoas, o apelido dele era anjinho. Porque tinha cabelo louro cacheado, apesar de ser um peste. No último dia o prendemos no banheiro, junto com o vaso entupido com um cocô gigantesco e o pote de creme pra pele que vinha com azeitonas, de uma das meninas, que quase com certeza foi ele que jogou na privada. Ele ficou meia hora lá dentro, o cheiro era horroroso, gritando de pavor. Precisou virem os monitores para libertá-lo. Todos vibravam. Ninguém gostava do anjinho. Um cara do meu quarto, que ganhou o apelido de porpeta, que é almôndega em italiano, porque ele era gordo, queria fazê-lo sentar num carrinho de rolimã com um prego, e empurrá-lo de cima da ladeira. A ladeira era por onde os carros chegavam ao acampamento. No fim dela tinha um espinheiro.

Engenheiro Paulo de Frontin: uma vez. Hotel-fazenda.

Guapimirim, Iguaba Grande: nunca.

Itaboraí: uma vez. Não sei se quero falar sobre isso. Ano 2001, eu completei dezoito. Tinha pavor de serviço militar. Minha mãe arrumou um pistolão com um tio distante meu que era coronel reformado. Mas tinha que ir até Itaboraí, só funcionava se eu me alistasse lá. Fui. De carona com ele. Levei uns papéis que ele tinha pedido, documentos que seriam requisitados no posto. Ele tinha um sítio, passamos lá primeiro. Fiquei vendo as galinhas, ele, resolvendo as coisas dele. Uma hora. Na saída do sítio, ele me ofereceu, dirige aí. Eu disse, não posso, não fiz dezoito ainda, ele disse, e daí, eu disse, melhor não, e não dirigi. Era um jipe. Fomos no posto de recrutamento. A sargenta olhou os papéis, falou, você não pode se alistar aqui, você mora no Rio. Tem que ser na zona correspondente. Não teve mais conversa, meu tio disse, você trouxe muito papel, eu tinha trazido só o que ele havia pedido, estava um calor do cão, Itaboraí é uma cidade feia, na volta ainda paramos numa loja de beira de estrada, parecia um desmanche de carros, meu tio ficou negociando com um cara, desconfio que ele está metido em alguma tramóia. Minha dispensa do exército foi a mais demorada e atribulada de que se tem notícia no hemisfério sul. Passei três anos indo seguidamente no quartel da Gávea, depois no de Triagem, depois no CPOR, sempre antes das seis da manhã. Tive que ficar pelado três vezes, duas para soprar o braço e ver se o saco incha, uma doença que deve ser muito importante para os milicos, porque tem a prova e a contraprova, a última porque algum babaca perdeu um estojo em Triagem e os sargentos resolveram revistar todo mundo até achar o culpado. No final, o grupo que ficou rolando todo esse tempo na mão do exército, uns seis ou sete, acabamos amigos. Solidarizados na desgraça.

Itaguaí, Italva, Itaocara, Itaperuna: nunca.

Itatiaia: uma vez. Para subir o pico das Agulhas Negras e o maciço das Prateleiras (só chegamos no alto do segundo).

Japeri, Laje do Muriaé, Macaé, Macuco, Magé, Mangaratiba: nunca.

Maricá: duas vezes. A primeira, para mergulhar na praia de Itaipuaçu. A segunda, um casamento.

Mendes, Mesquita: nunca.

Miguel Pereira: quatro vezes. Uma, acampamento do Cisv. As outras três, hotel-fazenda.

Miracema, Natividade, Nilópolis: nunca.

Niterói: muitas vezes. A maioria, fim de semana na casa de praia, em Piratininga. Outras tantas, festas e churrascos no condomínio de um amigo, em Camboinhas. Dois aniversários em Icaraí. Outra, para escalar a Pedra do Elefante. Uma excursão de escola para a fortaleza de Santa Cruz. Há muito tempo atrás.

Nova Friburgo: entre vinte e trinta vezes. Todas para visitar a família do meu padrasto. Que vem de lá.

Nova Iguaçu, Paracambi: nunca.

Paraíba do Sul: uma vez. Acampamento do Cisv. Cisv é uma organização internacional. Eles tentam, através de atividades e do convívio em grupo, despertar o senso de justiça, solidariedade e liderança nos jovens. Para que cresçam e coonduzam seus países à paz. Ainda não deu certo.

Paraty: três vezes. Uma, em viagem com meu pai. Quentura infernal, três horas de sol. O calçamento de pedra reflete o calor, duplica o abafamento, eu passei mal, fomos embora. Outra, buscando refúgio de Itatiaia. Depois da falta de pique para subir o pico das Agulhas Negras, eu e dois amigos passamos o resto do feriado em Paraty. Eu pisei num ouriço. Paraty é linda. A última foi na Flip. Comprei dos livros, um eu já li. Se chama Extremamente Alto & Incrivelmente Perto, é sobre um garoto à procura de indícios sobre a morte do pai nas torres gêmeas. Não é piegas. O garoto é muito esperto. Ele e o pai eram muito ligados, procuravam erros no New York Times juntos, e faziam caça ao tesouro no Central Park. Ele acha que descobrindo como exatamente o pai morreu, vai parar de imaginar cenas terríveis a respeito. Na busca, ele conhece várias pessoas estranhas, incluindo todas as pessoas em Nova York com sobrenome Black, e uma velha que há quarenta anos não desce do topo do Empire State. Muito bom livro. Um dos dois que comprei. O outro estou lendo agora.

Paty do Alferes: nunca.

Petrópolis: um sem número de vezes. Uma em acampamento do Cisv. Não sei porque eles se chamam acampamentos. Ninguém nunca dormiu na grama em eventos organizados pelo Cisv. Não tem lógica. Eu detesto barracas de camping. Outra, um churrasco de turma em Araras. Todas as demais, na casa dos meus avós, em Itaipava.

Pinheiral, Piraí, Porciúncula, Porto Real, Quatis, Queimados, Quissamã: nunca.

Resende: duas vezes. Uma, hotel-fazenda. Outra, em Visconde de Mauá, só para o almoço.

Rio Bonito: Três vezes. Duas, hotel-fazenda. Uma para passar o fim de semana num sítio, com outras treze crianças (eu tinha doze anos) e dois responsáveis. Todos do Cisv, mas não era um acampamento.

Rio Claro, Rio das Flores, Rio das Ostras: nunca.

Rio de Janeiro: e Paquetá? Faz parte do Rio ou de outro município? Uma vez fui a Paquetá. Não sei onde colocar.

Santa Maria Madalena, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana: nunca.

São Gonçalo: três vezes. Duas para fazer compras no Carrefour, com minha mãe. Uma para assistir um filme no São Gonçalo Shopping. Não lembro que filme. Também com minha mãe.

São João da Barra, São João de Meriti, São José de Ubá, São José do Vale do Rio Preto, São Pedro da Aldeia, São Sebastião do Alto, Sapucaia, Saquarema, Seropédica, Silva Jardim, Sumidouro, Tanguá: nunca.

Teresópolis: duas vezes. Uma, um churrasco. Primeiro ano da faculdade. Outra, para subir a Pedra do Sino. Passar a noite num abrigo lá em cima. Muito frio. Esqueci de levar coberta. Me cobri com o colchão, deitei no estrado da cama. Não funcionou.

Trajano de Morais, Três Rios, Valença, Varre-Sai, Vassouras, Volta Redonda: nunca.

2 Comments:

At 10:43 AM, janeiro 09, 2007, Blogger Mauro said...

Acho que fui o primeiro a ler este post e comentar!

Papapâaaaaaaaaaaaaaaaaa
Papapâaaaaaaaaaaaaaaaaa
Papapâaaaaaaaaaaaaaaaaa
Papapâaaaaaaaaaaaaaaaaa
É do Brasil!
Comentários muito pertinentes sobre o CISV.
 

At 5:36 PM, novembro 09, 2007, Blogger Marcelo Mello said...

Precisa conhecer Volta Redonda. A cidade mais avançada do RJ.
 

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Profile

Rodrigo Rego

Sou designer, fascinado por bandeiras, jogos de tabuleiro, países distantes, e uma miscelânea de assuntos destilados quase semanalmente neste espaço.

Visite meu site, batizado em votação feita aqui mesmo, Hungry Mind.

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