quinta-feira, setembro 13, 2007

Criptocríticas

Se algum investidor estiver lendo, eis a minha idéia para um site de Web 2.0: se chamaria Critcl.com, uma comunidade de resenhistas. Internautas adoram escrever críticas sobre filmes, livros, discos, qualquer coisa. Elaboram textos imitando o jargão jornalístico só para fingir que sua opinião é relevante e construir uma personalidade através do elenco de objetos criticados. Ninguém nunca lê, mas assim mesmo a tendência tem crescido tanto que acho que merece um site só dela.

Critcl.com. O sujeito dá nome e senha, e já aparecem na tela os assuntos sobre o qual ele pode ter interesse em discorrer. Cinema? Música? Arte? Gastronomia? Turismo? As opções são muitas. Feitas as escolhas, ele procura numa base de dados emprestada de fontes especializadas (Amazon, Guia Michelin, Lonely Planet), aquilo que tem interesse em criticar. Põe a cotação de estrelas em cima, e tome resenha. Resenhas para “A menina que roubava livros”, para o novo Fasano Al Mare, para o último modelo da Nikon CoolPix, muitas resenhas, todas enfadonhas, todas perdidas no enxame de informação da internet, mas com estrelas em cima que somadas às outras milhares de estrelas dadas ao mesmo objeto, ajudam a julgar sua real qualidade.

Até aí nada muito diferente da Amazon, exceto por estarmos falando de um site de relacionamentos, em que as pessoas depositam informações extras em seus perfis. Portanto posso filtrar as críticas de “A menina que roubava livros” por região, para saber a opinião só dos brasileiros sobre o livro, ou apenas dos amigos, ou só de quem gostou de “Marley e eu”, ou estuda na mesma faculdade, e dessa forma embasar mais fortemente as críticas, viabilizando até a sua efetiva leitura, em que pese a imitação do jargão jornalístico.

Mas enquanto este blog não for lido por investidores, tenho que arrumar outra maneira de viabilizar a leitura das críticas, inclusive as minhas, que também gosto de fingir que minha opinião é relevante. Uma das poucas vezes que me aventurei neste filão, publiquei três tomos sobre o livro “Vida, Modo de Usar”, que muito acertadamente quase ninguém leu. Então decidi fazê-las mais curtas.

As Criptocríticas terão no máximo quinze linhas de chateação, tão pouco que você termina antes de perceber que está se aborrecendo. Elas serão uma nova sessão aqui neste blog, escritas sempre que alguma coisa despertar mais do que um gostei ou não gostei. Mas sempre curtas, nunca mais de quinze linhas. Segue a primeira no post acima.

1 Comments:

At 10:45 AM, setembro 14, 2007, Blogger Mauro said...

Não gostei
*
 

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Profile

Rodrigo Rego

Sou designer, fascinado por bandeiras, jogos de tabuleiro, países distantes, e uma miscelânea de assuntos destilados quase semanalmente neste espaço.

Visite meu site, batizado em votação feita aqui mesmo, Hungry Mind.

rodrego(arroba)gmail.com
+55 21 91102610
Rio de Janeiro

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