terça-feira, outubro 02, 2007

Criptocríticas: O Mundo de Andy

Eu e Paula temos cada um suas paixões artísticas já embasadas, consolidadas mas nem sempre coincidentes. Por isso cada vez que um tenta entronizar o outro em seu panteão particular é como um duelo em que aplaudir no final equivale a admitir a derrota. Foi assim com Calvino e Vida de Brian, que ela agora adora, mas com o Mundo de Andy não devo ter passado de um empate, o que me leva a pensar na razão de eu achar tão sensacional um filme que ninguém dá por mais que mediano. Não é o melhor do Milos Forman. Jim Carrey costuma render mais bilheteria. Mas melhor que ambos, o trunfo do filme é o comediante Andy Kaufman, o biografado. Se eu me identifico? Claro. Parte da sua graça vinha de enganar o público com mentiras mirabolantes (pronto, entreguei minha fonte de inspiração), a ponto de alguns duvidarem de sua morte mesmo vinte anos depois. A outra parte vem da mistura única de grosseria e ternura que ele usa em seus números. Segue o Supermouse, um dos meus favoritos.

6 Comments:

At 11:41 AM, outubro 03, 2007, Blogger Alexandre Van de Sande said...

Acho que so passei a gostra mesmo do filme depois que voce me convenceu. Hoje eu entendo ele e o cara era realmente um genio, percebendo a grande falta de graça do humor corretinho da época. Nos relateds vale a pena ver esse vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=AkbjvUAdKBc

mas sem querer spoilerar basta dizer que era para ser um quadro bem sem graça de um programa de humor americano até qu o andy resolve transformar tudo em comédia. Mas claro, sem avisar aos outros atores do novo roteiro..
 

At 1:13 PM, outubro 03, 2007, Blogger Mauro said...

Se voc^e queria fazer com que eu me sentisse burro, conseguiu.
 

At 2:18 PM, outubro 03, 2007, Blogger Rodrigo Rego said...

Eu? Por que?

Quanto ao quadro, sem querer entregar também, aquilo é um happening. Tava combinado entre o Andy e o diretor, mas os atores não sabiam. Tem um video dele explicando pros espectadores depois.
 

At 3:42 PM, outubro 03, 2007, Blogger Mauro said...

É porque eu não entendi a piada subliminar ultrasutil que faz aquilo ser engraçado. Aliás, isso também vale para "o sentido da vida" do Monty Python, recomendo fortemente aos meus maiores inimigos.

Já ele estragando o quadro ao vivo e saindo na porrada com os outros atores foi bem mais interessante (reparou que o outro cara é o Kramer? Nem eu.)
 

At 4:03 PM, outubro 03, 2007, Blogger Rodrigo Rego said...

Eu não vejo Seinfeld, e nem tem piada subliminar no Supermouse, mas eu acho hilário (mas admito que o Jim Carrey faz melhor). Veja a imitação do Elvis, também hilária:

http://www.youtube.com/watch?v=2v98lYwW9Hk&mode=related&search=
 

At 10:06 PM, outubro 26, 2007, Blogger Lili said...

O Andy é precursor, igual o maldito Duchamp. Inicialmente é difícil chamar de arte, mas depois de tantos anos, quando vc percebe tudo o que brotou da idéia desses malucos, aí sim a coisa fica ainda mais genial.
Eu tbe adoro O Mundo de Andy.
E tbe não vejo graça nO Sentido da Vida, do Monty Python. Eles podiam ter terminado sem essa.
Bjo.
 

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Profile

Rodrigo Rego

Sou designer, fascinado por bandeiras, jogos de tabuleiro, países distantes, e uma miscelânea de assuntos destilados quase semanalmente neste espaço.

Visite meu site, batizado em votação feita aqui mesmo, Hungry Mind.

rodrego(arroba)gmail.com
+55 21 91102610
Rio de Janeiro

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