Bandeiras e o IDH
Bandeiras revelam mais sobre um país do que ele provavelmente gostaria. Dá pra dizer com muita segurança, por exemplo, quem é rico e quem é pobre sem ter nenhum outro dado além da bandeira.
Há pouco foi divulgada a nova classificação do IDH, e a primeira coisa que me chamou a atenção foi a escassez de amarelo entre as bandeiras dos dez primeiros colocados. Só a Suécia ousou pintar a flâmula com minha cor favorita.
Se analisarmos o ranking do IDH de acordo com as cinco cores mais comuns em bandeiras - vermelho, branco, azul escuro, amarelo e verde - vamos ver que a combinação cromática é um dos sinais mais claros do desenvolvimento humano de um país.
Por exemplo, o mesmo amarelo omitido no topo da lista está fartamente representado na sua rabeira, em oito das dez postulanes a nação mais precária do mundo. Verde é cor igualmene abundante embaixo (8 de 10) e sumida em cima (1 de 10). O vermelho parece onipresente de alto a baixo, mas veja como o azul e o branco se concentram entre os primeiros colocados (6 de 10 e 9 de 10, respectivamente) e rareiam entre os últimos (3 de 10 em ambos os casos).
A conclusão é óbvia: verde e amarelo são cores de países pobres; azul escuro e branco, de países ricos. Por isso a bandeira brasilera é tão adequada: você olha para a combinação cromática e entende a desigualdade social, depois olha para a composição das cores na bandeira e vê porque a classe média se sente tão acuada.
2 Comments:
At 11:22 AM, dezembro 04, 2007, Anônimo said...
Deve ser por isso que minha cor preferida é o AZUL, ha, ha, ha
At 12:27 PM, dezembro 06, 2007, Alexandre Van de Sande said...
é comédia mas tem uma verdade em torno disso: as cores da bandeiras foram influenciados mutuamente por fatores historicos e sociais, os mesmos que trouxeram os países aonde eles estão agora. Ao mesmo tempo que os europeus copiavam bandeiras similares uns do outro também iam copiando a democracia, a tecnologia, a idéia de colonizar a áfrica, trucidar astecas e etc.
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