domingo, março 01, 2009

Agoniza mas não morre

Eu podia dizer que estava viajando, mas isso só explica metade dos dois meses sem notícias. Na verdade, dava até pra ter blogado durante a viagem (tem wi-fi de graça nos albergues da Romênia), mas você tem que entender que depois de 4 meses sem ver sua namorada, e diante da perspectiva de continuar afastado nos 10 meses seguintes, escrever em blog cai pra último na sua fila de prioridades.

Já o outro mês ausente é culpa da anestesia mental que me acometeu depois de voltar (saudade? choque térmico? pré-carnaval?) e que já esta mais que na hora de espanar.

Passei o mês inteiro obcecado por Lost e Civilization. Dediquei todo o meu tempo livre à fuçar a Lostpedia e levar os incas à conquista do mundo.


Mas agora saí dessa. Agora reservei as horas vagas pra fazer algo de útil: aprender toda a História mundial. Estou com esses dois livros (um pra corroborar o outro) que se dedicam a contar a saga humana, do Paleolítico ao Obama. O nome dos dois é igual: Atlas da História Mundial. É como um adesivo de nicotina, porque funde em doses controladas os dois hobbies anteriores.


Com Civilization, o paralelo fica evidente. Ok, não sou mais eu que controlo a História, mas sempre gostei mais do pano de fundo do jogo que do gameplay. E Lost talvez concentre mais mistérios do que a História Humana, mas pra mim, o reino búlgaro que floresceu no meio das estepes russas é tão fascinante quanto um galeão encravado na floresta tropical.

A Volga Bulgária, um reino búlgaro independente do que se formou na Europa. Não sobrou nada da Volga Bulgária depois da invasão dos mongóis.

8 Comments:

At 1:04 PM, março 02, 2009, Blogger Mauro said...

E você acha que alguém está interessado em saber que vc voltou a escrever? Eu nem me dei conta que vc não escreve desde o início de dezembro passado, vê se alguém liga.

Quanto à história da humanidade, sugiro o livro "Guns, Germs and Steel". É só ler para se tornar um sujeitinho insuportável aproveitando qualquer conversa de botequim para falar do processo evolutivo das civilizações.
 

At 1:13 PM, março 03, 2009, Blogger Rodrigo Rego said...

Pois é, ainda bem que você está aí pra me tirar da insignificância.

Quanto ao livro, não qero nada que venha tentar me provar teorias bizarras por enquanto, apesar do apelo que isso tem. Quero os fatos, limpos e crus.
 

At 6:32 PM, março 03, 2009, Anonymous Anônimo said...

Cara, vou te dizer que história é um vício. Mas, pra mim, mais viciante que história é cultura inútil sobre história. Eu tou lendo "O Código Da Vinci" (não ria). Tou lendo porque vi o filme várias vezes e sempre ficava com vontade de ficar assistindo aquela conversa do Longdon (Hanks) com o Historiador durante horas, não queria que o Silas aparecesse pra estragar tudo! rs... E eu tou adorando o livro porque o autor o recheia de cultura inútil sobre história!

E agora tou morrendo de vontade de ler um que o Zeca Camargo indicou no blog dele que chama "The Mental Floss History of the World: An Irreverent Romp through Civilization ´ s Best Bits". Só queria que tivesse em pt-br pq morro de preguiça de ler em inglês, ainda mais história.

Ah, e eu senti falta dos seus posts! Não liga pra intriga da oposição! :P

Bjo.
 

At 8:09 AM, março 04, 2009, Anonymous Anônimo said...

Bom que voce voltou !!!..Agora nao pode mais abandonar o posto.
Como dica, leia "1808" . Nao li, mas, quero ler, porque me falaram que voce fica sabendo a diferença entre paulistas e cariocas.
Nao sei se estavam me zoando..ha,ha,ha..tem chance..
Bjs
 

At 10:51 AM, março 04, 2009, Blogger Rodrigo Rego said...

A cultura inútil histórica é uma fonte inesgotável mesmo! De certa forma, História em si já é cultura inútil... sem contar os radicais que acham que cultura inútil é um pleonasmo.

Lembro que li o Código da Vinci sofregamente também, terminei em dois dias. Mas não sou muito fã dessas conspirações envolvendo Maria Madalena e templários não, por isso nem vi o filme (ou foi pra preservar a ilusão de alto nível cultural?)

E 1808 é sobre o quê, a vinda da corte portuguesa ao Rio?
 

At 11:27 PM, março 05, 2009, Blogger Alexandre Van de Sande said...

Engraçado eu entrei aqui pra sugerir o mesmo livro": "Guns, germs and steel". Acho que você vai gostar porque tem bem um apporach de historia total, linkando as coisas e mostrando porque, em civilization, tem tantos impérios na eurásia e tao poucos na africa e america.

Ok eu não li realmente o livro, mas vi uma entrevista com ele em um podcast foda (googla hardcore history e escuta o penultimo show) mas queria que alguem lesse pra me recomendar..
 

At 11:06 AM, março 06, 2009, Blogger Rodrigo Rego said...

Já de saíde tenho uma implicância com esse livro, e não duvido que seja completo preconceito, mas não posso evitar: não gosto de teorias que explicam porque um país preponderou sobre outro por causa de uma dádiva qualquer.

Dizem que a Inglaterra fez a revolução industrial primeiro porque era a que mais tinha carvão na Europa, mas quem sabe? De repente um país sem carvão poderia ter começado a se industrializar usando outra matéria-prima completamente diferente.

Outra: dizem que não há vida em outro planeta porque não encontram carbono. Mas quem sabe a vida em outros planetas não se desenvolveu totalmente à margem do carbono? De repente os marcianos são feitos de enxofre, quem pode dizer?

E finalmente, smepre estranhei essa história de que boa parte do mérito da dominação européia na América veio dos germes que eles carregavam. Não te parece masi provável que os europeus morram de doenças tropicais (afinal, estão cercados de trópicos por todos os lados, qualquer coisa é um transmissor) do que os índios morrerem das doenças européias (que trouxe só uma meia dúzia de hospedeiros)?
 

At 4:07 AM, julho 12, 2011, Anonymous Anônimo said...

Começar educado, em seguida, comentar pré mapas medievais.
 

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Profile

Rodrigo Rego

Sou designer, fascinado por bandeiras, jogos de tabuleiro, países distantes, e uma miscelânea de assuntos destilados quase semanalmente neste espaço.

Visite meu site, batizado em votação feita aqui mesmo, Hungry Mind.

rodrego(arroba)gmail.com
+55 21 91102610
Rio de Janeiro

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