It’s Alive!
Hoje, 09/11, um ano depois do prometido, a Hungry Mind está pronta.
Quer dizer, pronta em termos. Ficou arrumada o suficiente para ser divulgada sem passar vergonha.
Mas por que você demorou tanto para terminar?
Porque fazer um site pra si mesmo é o projeto mais penoso em que um designer pode se engajar. Como o site é seu, como é pra você que ele vai trazer retorno, você perde totalmente a objetividade.
E é importante ser objetivo para ver que:
1- Não dá para incorporar todos os recursos maneiros do mundo;
2- Não se pode se sair melhor que sites concorrentes em todos os aspectos possíveis;
3- É impossível falar para todo tipo de público.
Quando é você que está se expondo, você sente uma compulsão por atacar em todas as frentes. E ao mesmo tempo, nunca está seguro de que o resultado é o melhor possível.
Em suma, você age como o seu cliente.
Mas mais do que isso. Você conhece muito mais frentes para atacar do que seu cliente, e seu repertório visual é loucamente maior. Você é um cliente com anabolizantes de cavalo.
E foi por isso que demorei tanto para concluir o site. Nunca tinha lidado com um cliente tão inseguro, megalomaníaco, pentelho e detalhista quanto eu mesmo. E pior, o cara não vai me pagar nada.
Hungry Mind: O que mudou
A última vez que esse site apareceu por aqui foi em meados de junho. Hoje ele voltou cheio de mudanças, e a mais evidente delas é a parte gráfica.
Lembro do dia em que, com o site já todo pronto, codificado e boa parte do sistema de atualização concluída, tudo naquele visual anterior, resolvi mostrar o resultado para minha mãe. Ouvi um muxoxo.
— Nem vem que agora não vou mudar mais! Quisesse reclamar, reclamasse antes.
Mas sonhei com aquele muxoxo naquela noite e na noite seguinte. No fim de semana, não me segurei e refiz o layout do zero. Com cores mais ousadas, inclusive no logo. Refinei a tipografia, tirei os ícones do menu, aliás mudei toda a interface do topo. E não me arrependo, ficou bem melhor.
No pacote, estruturei melhor a arquitetura do site, que dividia o portfolio em 4 tipos de projeto. Eu achava que assim eu atenderia melhor a cada tipo de cliente que viria me procurar (pejorativamente: o que quer um loguinho, o que quer um flashzinho, o que quer um site e o que quer o resto). Agora a divisão está entre interativos e gráficos, e só. Complicação zero.
Nos serviços oferecidos, consegui condensar todos numa página e a ainda acrescentar um novo: consultoria de conteúdo.
Sempre me incomodou ver meus projetos de site todos penteadinhos serem preenchidos com parágrafos de encheção de lingüiça. Um texto que demora a dar seu recado afasta o leitor, ainda mais os internautas, que mal lêem.
Quer dizer, um mau conteúdo inutiliza o trabalho de uma boa interface. Desde sempre, eu vinha aconselhando informalmente meus clientes sobre como adaptar seus textos para manter a atenção do leitor. Tá na hora de explicitar isso como serviço.
Estou muito feliz com a Hungry Mind, e pela primeira vez (por quanto tempo?), completamente seguro do resultado. Espero que vocês também gostem e indiquem para amigos, colegas e empresas que quiserem fazer projetos de design.
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Pra quem não tinha reparado ainda, já há algum tempo tem um link para o site ali na barra lateral.
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A Hungry Mind funciona toda como um blog, embora não pareça. Quem lê o Desembolog pelo RSS pode assinar a Hungry Mind também, e receber os novos projetos (e futuramente, os posts exclusivamente sobre design) no leitor de feeds ou até por email. Assinem lá!